terça-feira, 2 de junho de 2009

"DEVOLTA AO OUTONO"

Cansado da longa vida Já sem sua mocidade Se perde o pensar por uma janela Sente a brisa soprando saudades

Ah, quantas lembranças Das tardes, do vento gelado Daquela paixão de infância Em um feliz irregressível passado

Vem um aperto no peito Sente o inverno mais perto Com um suspiro profundo Já sabe deu destino perpétuo

Amigos se foram há tempos Relembra como uma antiga canção Cantada em uma casa de pedra Que agora zela sua solidão

Esta noite o homem dorme sorrindo Em sonhos serenos caminha Doutro lado todos já o esperam Deste aqui tudo já se definha

De quantos outonos perdeu a conta Das festas, dos beijos roubados Nas marcas no rosto se aponta Um sorriso vagaroso, que jaz parado

Descansa pensando agora Onde um coração há gravado No tronco de um salgueiro Com o nome de um amor selado

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